Gabaritos

1) a) Para simplificar a análise, assume-se que a população seja estável, ou seja, seu tamanho não varia ao longo do ano (as mortes e emigrações são compensadas com nascimentos e imigrações, mantendo-se as estruturas etária e por sexo inalteradas). Tais pressupostos são usualmente considerados quando se utilizam estimativas populacionais nas análises de dados epidemiológicos, comumente realizadas por instituições públicas de saúde, tais como a Secretaria e o Ministério da Saúde.

Prevalência

- Início de 2006
 P = (1.800 casos / 960.000 habitantes) x 100 = 0,19% ou 19 casos por 10.000 habitantes.

- Final de 2006
P = [(1.800 + 300 – 450) casos / 960.000 habitantes] x 100 = 0,17% ou 17 casos por 10.000 habitantes

Incidência (taxa de incidência)

I = (300/960.000) x 100.000 = 31,25 casos por 100.000 pessoas-ano.

A taxa é expressa em relação a uma determinada quantidade de pessoas-ano de exposição ao risco de adoecimento, representada pela estimativa da população residente no município em questão, no ano de 2006, assumida a premissa da estabilidade, já mencionada. Observem que excluir ou não os casos prevalentes no início do ano terá pouca influência sobre o resultado:

[(300/ (960.000 – 1.800)] x 100.000 = 31,31 casos por 100.000 pessoas-ano.

Embora a exclusão dos casos prevalentes no início do ano seja conceitualmente correta, seria necessário conhecer o momento a partir do qual os 450 indivíduos se curaram, para que pudessem ser incluídos os intervalos de tempo durante os quais tais pessoas estiveram expostas ao risco de adoecimento. Tais análises, usualmente desenvolvidas pelas Secretarias de Saúde, não levam em consideração estes detalhes, até mesmo porque, como mostrado anteriormente, os resultados não variam de forma expressiva.

b) Não houve alteração da duração da doença, porém o número de pacientes curados foi maior que o de casos novos, fazendo com que, ao final do ano, a prevalência diminuísse.


2) a) Não, é necessário calcular as taxas para os dois países, ou seja, (números de casos incidentes/população) x 100.000, e comparar os resultados.
    b) O risco de adoecer com cólera, dado que se pertença à população de referência.
    c) No Zaire, cuja letalidade (4.181/58.000 x 100 = 7.2%) é maior que a do Brasil (544/50.000 x 100 = 1.1%)


3) A incidência não seria afetada, porém, a prevalência da doença aumentaria, dado que a sua duração seria estendida, pois a prevalência é função tanto da incidência quanto da duração da doença (P = I.D). Caso a doença em questão seja de natureza transmissível e o novo tratamento não diminua a infectividade dos indivíduos doentes, é possível que o aumento da duração implique também um aumento da incidência.




4) b


5) d


6) b